domingo, 13 de novembro de 2011

Emeb Carmélia Mello Fonseca


Recebemos neste dia 11 de novembro, duas turmas da Emeb profª Carmélia Mello Fonseca, a 4ª série C (atual 5º ano) da professora Marlene Gomes Jardim Coelho, e também o 4ºano A da professora Ana Carolina Reginaldo Bittencourt, que aqui vieram para ter contato com a vida selvagem, e também para complementar o aprendizado que foi ministrado em sala de aula. A escola é dirigida pela professora Osmarina Aparecida Pavão Saraiva da Silva e tem a coordenação pedagógica a cargo da professora Ana Lucia Barreto de Carvalho.
Professora Marlene e sua turma
Fonte Ana Carolina
Professora Ana Carolina "camuflada" entre os alunos da sua turma
Fonte Marlene Jardim


Após a chegada no parque, o grupo foi recebido pelo educador ambiental do PEBA, o ecólogo Onédio Garcia, que como de hábito, fez a palestra de apresentação do parque, contando detalhes de sua fundação, e principalmente discorrendo sobre as características ambientais do local, sendo a principal delas o fato de ser uma mata secundária, que foi recomposta pela iniciativa de ambientalistas que atuaram intensamente no combate à poluição dá água do ribeirão Baguaçu e do ar que havia no local até meados dos anos 80 do século passado.



Durante a palestra de abertura, que fala da importância do trabalho de recuperação daquele ecossistema para a conservação das espécies, tivemos a felicidade de avistar o udu-de-coroa-azul, Momotus momota, uma espécie de ave florestal (que vive exclusivamente em florestas) típica do Cerrado, e que só acorre no local graças ao trabalho recuperação ambiental realizado a partir da criação do PEBA no final de 1988.

Udu da coroa azul
Fonte Oderson Mendes

Após a apresentação do Parque, iniciamos a caminhada pela trilha, onde são mostrados aspectos relevantes, como os elementos que caracterizam a formação fitoecológica da região, uma vez que estamos na transição de dois biomas, o Cerrado e a Mata Atlântica, predominando no local uma mata com características semidecídua, onde parte das espécies perde as folhas nas estações do outono e inverno, entrando em dormência como forma de preservar água durante esta época de seca. Passamos pelo barramento do DAEA, onde é retirada e tratada a água que é consumida por aproximadamente 70% dos consumidores de Araçatuba.
Início da trilha
                   Fonte SMMAS

Fomos até o salto do Baguaçu onde na década de 30 foi instalada a primeira “pedreira” de cidade, um espaço atualmente muito usado por diversas espécies de aves pescadoras como garças, socós, biguás, martim-pescador entre outras que encontraram naquele espaço um refúgio para sobreviverem numa área bem central da cidade. Nesta antiga pedreira, ainda há um grande lajedo que é um derramamento de basalto de um extinto vulcão que existiu na região há milhões de anos passados formando um bonito conjunto paisagístico de rocha, água e mata. 
Salto do Baguaçu
                   Fonte Carmélia

Continuando a trilha, adentramos pela mata e imediatamente pudemos constatar um dos grandes benefícios que uma floresta proporciona ao ambiente em que ocorre que é a estabilização climática, pois a vegetação mantendo a umidade e a sombra diminui consideravelmente a temperatura no interior da mata, sendo esta mais uma evidência da necessidade de termos ao longo das cidades, ilhas de vegetação como praças e parques, espalhadas por toda a área urbana, sobretudos em cidades de regiões quentes como a nossa. No interior da mata também é possível ver outros aspectos ambientais como a competição pela luz, que faz com que seja formada uma vegetação arbórea esguia, com troncos retos, cujas copas formam um dossel continuo, a partir de 15 metros do solo.
Troncos retos, a necessidade de luz fez as árvores crescerem
Fonte Carmélia
 Chegamos na confluência do córrego Machadinho (avenida Pompeu de Toledo) com o ribeirão Baguaçu, onde as características físico-químicas de ambos são contrastantes, onde o córrego machadinho tem a água cristalina eo ribeirão Baguaçu uma água turva. 

O encontro das Drenagens (Machadinho x Baguaçu)
Fonte Carmélia

Terminamos a trilha vendo um antigo poste de madeira de uma extinta linha de energia que passava pelo terreno, antes da criação do parque e que hoje está totalmente encoberto pela mata, temos uma foto do local anterior ao plantio de recomposição da mata, mostrando um poste e um arbusto numa pastagem abandonada, o que mostra o sucesso alcançado no projeto do parque, e que serve de exemplo para que continuemos com ações como esta, que criou o parque e reconstruiu a mata. 
O poste no início do plantio
              Fonte SMMAS
Ficamos devendo a foto atual do poste 

Depois da trilha, fizemos uma rápida pesquisa no Google Earth,, vendo imagens de satélites, constatamos algumas das pressões pelas ambientais pelas quais passam o PEBA, que é o crescimento da cidade, tornando cada vez maior o isolamento geográfico do parque, além dos problemas de destruição da mata ciliar do ribeirão Baguaçu interrompendo o frágil corredor ecológico que a mata poderia oferecer.
Imagem aérea mostrando a "insularização" do PEBA.
            Fonte Google Earth
Momentos de descontração durante a confraternização antes da volta para a escola.


O lanche
"os pensadores"
A Farra depois do lanche
                       Fonte Carmélia
Um visitante inesperado 

Um sapinho trazido pelo biólogo Fernando
Fonte Carmélia
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