quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Um presente para o Parque

O Presente 


     O PEBA ganhou duas mudas de Pequi, que foram retiradas de um cerrado que está sendo desmatado na cidade de Arapuá, no estado do Mato Grosso do Sul, e quem o presenteou foi o senhor Francisco Paulo de Faria, um amigo, e que merece também o título de “amigo” do Parque, pois trouxe também alguns frutos maduros, para tentarmos fazer a germinação.

Este é o nosso amigo Paulo, com a mudas dentro da caixa 

com os frutos, vamos tentar a germinação de novas plantas 

     O Paulo trabalha no Restaurante Bola Sete há mais de 11 anos, e sempre que pode passa pelo Parque Ecológico, que aliás faz parte do caminho que ele percorre diariamente para ir da casa ao trabalho e vice versa. Mas quando está de folga, ele leva as filhas Estéfani e Ariadne e também a esposa Vera, para "fazer" a trilha e conseguir ver e ouvir os sons dos pássaros e da cachoeira do ribeirão Baguaçu, pois é um homem do campo, nascido no interior do Mato Grosso do Sul, onde morou em fazenda até se mudar para a cidade, na adolescência, e o Parque o remete a um passado de convivência intensa com a natureza, e toda sua riqueza de recursos, que a vida urbana acaba ofuscando. 

Sobre o Pequi

     É uma árvore de porte médio, sendo considerada um símbolo do Cerrado, assim como o lobo guará. O Pequi, Caryocar brasiliense, tem um forte apelo cultural junto à culinária regional, cujo fruto é muito utilizado na cozinha nordestina, mato grossense, no norte de Minas, mas a identificação maior se dá com a culinária goiana.
     Os frutos são consumidos cozidos, puros ou juntamente com arroz e frango, mas também pode se extrair o azeite de pequi. O fruto tem um caroço é dotado de inúmeros pequenos espinhos, sendo necessário muito cuidado ao roer o fruto, que não deve ser mordido. pois isto poderia liberar os minúsculos espinhos que poderiam se cravar na gengivas, na língua e também na parte interior das bochechas, e causariam sérios ferimentos. O sabor e o aroma dos frutos são muito marcantes e peculiares. Pode ser conservado tanto em essência quanto em conserva. 

Imponente e frondoso, assim é o Pequizeiro

A florada, que acontece entre setembro e novembro 

Os frutos, a parte comestível é a poupa amarela 
As fotos acima foram retiradas do site http://www.arvoresbrasil.com.br/

Fonte: IBGE
No mapa acima a distribuição geográfica dos biomas* brasileiros 

     Numericamente ocupam as seguintes porções pelo território brasileiro:

          Amazônia                                                      Cerrado 
           49,29 %                                                         23,92% 


          Mata atlântica                                              Caatinga
           13,04%                                                          9,92% 


          Pampa                                                           Pantanal 
           2,07%                                                            1,76% 

Conservação 

    O desenvolvimento do Pequizeiro é bastante lento, talvez devêssemos tomar mais cuidado com o desmatamento desenfreado de todos os nossos biomas, para evitar maiores perdas ambientais. O mapa abaixo mostra a situação de destruição do bioma Cerrado, pelo menos metade dele já foi desmatado para utilização da área com pastagens ou lavouras. O desmatamento é um processo que teve início com o "descobrimento" do Brasil, já dizimou a mata atlântica, está seguindo o mesmo caminho com o Cerrado, e também já fez grandes estragos na Amazônia, sobretudo na partes sul e leste da floresta. O desmatamento percorre os mesmos passos da colonização, isto acontece no mundo inteiro. 


     Portanto atitudes como a do Paulo, mostra que apesar dos números nada animadores, há pessoas buscando formas para ter uma convivência mais harmônica com os recursos naturais. 

*Bioma: designa determinadas regiões que ocorrem em todos os continentes, cujas características climáticas, físicas e biológicas são bastante semelhantes, que se inter-relacionam, formando um panorama ecológico e paisagístico relativamente homogêneo.

Consulta



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Verão


Estações do ano 


     Há tempos os homens por meio de observações dos fenômenos naturais, aprenderam que na natureza há uma série de eventos que se repetem ciclicamente, como as chuvas, as cheias, as flores, os frutos, o frio, o calor e o próprio aspecto do céu, tudo se repete de forma bastante regular, com raras exceções ao longo do tempo. Claro, estamos falando de pequenas eras geocíclicas, períodos com duração aproximada de cerca de 10.000 anos, pois se forem considerados períodos maiores, fatores externos como terremotos, vulcões, eclipses diversos, choques estelares, etc..., talvez tenham exercido importante alterações nestes ciclos, lembrando que tais fenômenos poderão se repetir novamente num futuro incerto. 
     A constatação da repetição destes ciclos, foi um dos fatores preponderantes na evolução da espécie humana, pois permitiu prever quando aconteceriam as épocas propícias para a produção de alimentos, o momento de migração das espécies, incluindo a espécie humana, sendo, portanto muito útil para a sobrevivência das diferentes populações humanas, talvez mais apropriadamente denominadas de povos ou culturas, que já habitavam os mais diferentes ecossistemas encontrados por todo o Planeta.
     Estação do ano é um dos quatro períodos de três meses em que se costuma dividir o ano, segundo critérios astronômicos estabelecidos em função da posição da Terra com relação ao Sol. Distinguem-se, tradicionalmente, quatro grandes estações – primavera, verão, outono e inverno, associadas às diferentes atividades agrícolas, condições meteorológicas e costumes sociais que regem a vida na Terra, e estão diretamente relacionadas com o desenvolvimento das atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Além disso, determinam os tipos de vegetação e clima de todas as regiões da Terra. E são opostas em relação aos dois hemisférios do planeta (Norte e Sul).
     As Estações são ciclos bem marcados pela maneira e intensidade com que os raios solares atingem o nosso planeta em seu movimento de translação. Essas datas recebem a denominação de equinócio¹ e solstício².
     A inclinação da Terra no espaço é permanente, mas, com relação ao Sol, aparentemente se inverte ao passar pelos extremos da elipse. Os pontos equinociais marcam a mudança das estações frias para as quentes, ou vice-versa. 
     Quando no hemisfério Norte é inverno, no hemisfério Sul é verão. Do mesmo modo, quando for primavera em um dos hemisférios, será outono no outro. Isso ocorre justamente em razão da posição que cada hemisfério ocupa em relação ao Sol naquele período, o que determina a quantidade de irradiação solar que está recebendo.
     Nas regiões muito próximas da linha do equador, a variação térmica é muito menor que nas regiões polares, isto porque a variação da incidência da luz do Sol ao longo do ano também é pequena, assim as denominações e as definições de estações podem ser simplesmente entre o período de seca e de chuva.

A inclinação de 23º27' do "eixo" terrestre, é a responsável direta pela ocorrência das estações do ano.

Estações do Ano - 2011






Hemisfério Norte
Hemisfério Sul
Data
  Equinócio
Primavera
Outono
20/03
  Solstício
Verão
Inverno
21/06
  Equinócio
Outono
Primavera
23/09
  Solstício
Inverno
Verão
22/12

equinócio¹: palavra com origem no Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo.

solstício²: é o momento em que a luz do Sol atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador, ocorrem duas vezes por ano, em Dezembro e em Junho. Dia e horas exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano e, consequentemente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.


Pesquisa:

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

CIE - Valparaíso/SP

     Nesta quinta-feira, 15 de dezembro, contamos com a visita de crianças e adolescentes atendidos pelo CIE - Centro Interativo Educacional da cidade Valparaíso/SP. O programa recentemente foi entregue aos cuidados da Secretaria de Educação da cidade cujo secretário Ébio da Silva Pereira, a supervisora de Ensino Eliane Lunardeli Elias e a prefeitura municipal os apoiam financeiramente e auxiliam com transportes. Em média 40 crianças visitaram o Parque, acompanhados pela coordenadora do CIE Marli Juliat Lorenso, além de vários monitores, auxiliares gerais, merendeiras, entre outros.
     Os alunos foram atendidos pelo ecólogo encarregado do Parque Onédio Garcia e pela estagiária monitora Thaíse Sabino. Abordamos temas discutidos no cotidiano como sustentabilidade, em uma linguagem adequada e simples para que todos pudessem entender as necessidades de se preservar o ambiente em que vivem.
     Ao longo do caminhos garças, cágados, patos e tiús apareceram para impressionar os visitantes. 

As crianças e adolescente do CIE durante a palestra 

Ao lodo do Salto do Baguaçu as crianças descansaram próximo às margens do Ribeirão Baguaçu

Garça-Moura - Ardea cocoi

Ônibus cedido ao CIE pela Prefeitura Municipal de Valparaíso

Crianças, adolescentes e acompanhantes do CIE

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Bombeiros e o resgate de fauna

     Soldados do corpo de bombeiro de Araçatuba, estiveram mais uma vez aqui no PEBA, para fazer a soltura de um gambá da cara branca   Didelphis albiventrisuma espécie que pode ser encontrada em terrenos baldios da periferia da cidade, e ao longo das matas ciliares. Esta espécie é considerada como sendo uma espécie generalista, ou seja, ocorre em diversos ambientes, mesmo onde há grande presença humana, tem hábitos preferencialmente noturnos e durante o dia ficam entocados em ocos de pau onde dorme e se protejam dos inimigos naturais. os gambás tem nomes variados por todo o Brasil,chamado mucura (Amazônia e Brasil meridional), sarigué, sariguê, saruê ou sarigueia (Bahia), timbú ou cassaco (Pernambuco ao Ceará), micurê (Paraguai e Mato Grosso), opossum (Estados Unidos da América) ou raposa (Paraná).
Soldados Murilo e Honório, e o cabo Marzuchi
Abrindo a "gaiola"
O gambá saindo para a mata
Missão cumprida, hora de partir para outra tarefa.
Fonte SMMAS
                            

     O nome gambá tem origem na língua tupi-guarani, onde "gã'bá" ou "guaambá" significa uma mama oca, uma referência ao marsúpio, a bolsa ventral onde se encontram as mamas e onde os filhotes vivem durante parte de seu desenvolvimento.
     O PEBA mais uma vez mostra o seu valor para a vida selvagem, pois assim como hoje, aqui sempre é utilizado para este tipo de ação, boa parte dos animais silvestres encontrados na cidade e capturado pelos bombeiro, são soltos aqui, onde eles tem possibilidade de tentar uma volta ao ecossistema de onde surgiu. E em tempos de crescimento urbano, ações deste tipo será sempre muito comum. 

     Agradecemos aos bombeiros e à população que tem esta atitude de compreensão para com a natureza.

Pesquisa fonte http://pt.wikipedia.org/wiki

domingo, 11 de dezembro de 2011

Escola Estadual Profª Vaniolê Dionysio Marques Pavan

     Estiveram conosco os alunos das 5ª séries A e B, da escola estadual Profª Vaniolê Dionysio Marques Pavan, vieram acompanhados pela diretora Loise Bernadet de Carvalho, pela coordenadora pedagógica Flávia do ciclo II, e também pelas professoras Eliana de matemática, e Maria José de leitura e reforço escolar, foram quase 50 pessoas para conhecerem o local e o trabalho que aqui é desenvolvido por nós da SMMAS, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Aliás, foi muito propícia esta visita, pois foi a maneira que a direção, a coordenação e professores encontraram para premiar os alunos pelo trabalho desenvolvido ao longo deste segundo semestre pela escola com o tema sustentabilidade. 

     No PEBA o assunto sustentabilidade é sempre muito discutido, pois entendemos que o crescimento da população no mundo, e o modo de vida adotado pela civilização atual, de economia de mercado, geram um ônus sem precedente para os recursos naturais do planeta, estamos caminhando para uma situação insustentável, e a solução para isto terá de ser encontrada por nós mesmos, teremos que mudar muitas coisas na nossa maneira de viver, e só com maturidade a humanidade encontrará o caminho, e nós achamos que este amadurecimento terá de ser antecipado, como forma de sobrevivência da vida na Terra, incluindo a espécie humana, e temos certeza de não estarmos sendo dramáticos, infelizmente.
     Depois da recepção foi feita a apresentação do PEBA onde é contado parte da história do parque, tanto fatos históricos quanto detalhes do ponto de vista ambiental, e termos como APP (Área de Preservação Permanente), RL (Reserva Legal), corredores ecológicos, mata ciliar, reconstrução de florestas, enfim...onde são abordados temas que nos remetem à sustentabilidade da vida.





     Próximo às águas do Ribeirão Baguaçu é possível a observação de erosões causadas pelas águas da chuvas e carreando toda cobertura e o solo para dentro do rio. Além da entrada dessa matéria orgânica, devido a correnteza e ao remeximento do sedimento, as águas do ribeirão é bastante turva, dando-se a impressão de ser poluída. Em média, 70% da cidade de Araçatuba é abastecida com as águas do Ribeirão, por isso é de grande importância sua preservação. Devido á grande quantidade de chuvas nos últimos dias, as crianças não puderam ir à pedreira, próximo ao Salto do Baguaçu, devido ao rio ter transbordado. No trevo, o fenômeno pela competição de luz é mais visíveis, caracterizando a mata com árvores jovens, finas e compridas.


           



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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Temporada de prole

Desde o início da primavera, que percebemos no PEBA, mais uma temporada de nascimento, já vimos muitas árvores floridas como os ingás, Inga sp, o pau formiga Triplaris brasiliana, vimos também filhotes do socozinho Butorides striatus, assim como filhotes do lagarto teiu, Tupinambis merianae, e ainda no ribeirão Baguaçu, estamos vendo diariamente pequenos cardumes de curimbas Prochilodus lineatus, nesta época de piracema, é a natureza seguindo seu curso.



Fonte: SMMAS
 Os pequenos teiuzinhos lembram mais o lagarto verde Ameiva ameiva do que os próprios pais, talvez pela cor verde, embora as listras sobretudo na cauda, sejam inconfundíveis.
Teiu adulto
Fonte: ecoblogando.wordpress.com
Ameiva ameiva
Fonte travel.mongabay.com/pix
Fonte SMMAS Agnaldo Câmara
Aqui tentamos mostrar alguns curimbas, mas a água do ribeirão Baguaçu sempre turva não ajudou muito, isto sem falar na qualidade do equipamento e do fotógrafo que dispensa comentários, mas da pra ver a marca escura da nadadeira dorsal de dois indivíduos, e até mesmo a onda que na superfície da água.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Escola Estadual Profº Genésio de Assis

No dia 18 de novembro de 2011 as 5ª séries A, B e C, com aproximadamente 120 alunos, compareceram ao PEBA acompanhados pela professora de biologia Katiuscia Monteiro , o professor de matemática Eduardo Guilen, a coordenadora Larisa Costa e a mediadora escolar Silvia Sales. Estas três turmas são de alunos da Escola Estadual Professor Genésio de Assis, cuja direção é da professora Darlene Siciliato Menegassi.
A Secretaria Estadual de Ensino em busca de uma melhor qualidade de ensino oferece à suas unidades, diferentes projetos, que se adéquam de acordo com as necessidades, e da disponibilidade e afinidade dos profissionais de cada uma delas. Com a escola Genésio de Assis, os alunos das 5ª séries foram contemplados com uma excursão por pontos turísticos e de também de interesse educacional, e escolheram visitar o Araçatuba Shopping, e também parque ecológico. Aqui no Peba foram recebidos pelo educador ambiental, o ecólogo Onédio Garcia, pela estagiária do parque, a bióloga Thaíse Sabino, onde receberam informações de caráter  históricos da cidade, e ambientais sobre o parque, além de conceitos de sustentabilidade e cidadania..
As turmas três turmas  foram divididas em duas partes iguais, com o objetivo de tornar menos impactante a visita, uma vez que um grande número de pessoas de uma só vez, teria problemas para percorrer a trilha, e absorver e observar detalhes e informações que são expostos ao longo da caminhada. A trilha do PEBA acompanha o Ribeirão Baguaçu e sua confluência com o Córrego Machadinho, passa pelo barramento do DAEA (departamento de água e esgoto de Araçatuba), assim como pela primeira “pedreira” da cidade, da década de 30 do século passado, e há sempre a possibilidade de avistamentos de integrantes da fauna local, como garças, socós, cágados, sobretudo nesta época de piracema. Ainda durante o percurso  é possível ver aspectos ecológicos como o crescimento linear  das arvores na parte central, fenômeno decorrente da competição pela luz, e também a diferença de temperaturas entre a parte externa da mata e o interior, sugerindo que deveríamos ter cidades com uma cobertura vegetal muito maior que as atuais, é a natureza nos ensinando mais uma vez os caminhos  para uma boa qualidade de vida.
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domingo, 13 de novembro de 2011

Emeb Carmélia Mello Fonseca


Recebemos neste dia 11 de novembro, duas turmas da Emeb profª Carmélia Mello Fonseca, a 4ª série C (atual 5º ano) da professora Marlene Gomes Jardim Coelho, e também o 4ºano A da professora Ana Carolina Reginaldo Bittencourt, que aqui vieram para ter contato com a vida selvagem, e também para complementar o aprendizado que foi ministrado em sala de aula. A escola é dirigida pela professora Osmarina Aparecida Pavão Saraiva da Silva e tem a coordenação pedagógica a cargo da professora Ana Lucia Barreto de Carvalho.
Professora Marlene e sua turma
Fonte Ana Carolina
Professora Ana Carolina "camuflada" entre os alunos da sua turma
Fonte Marlene Jardim


Após a chegada no parque, o grupo foi recebido pelo educador ambiental do PEBA, o ecólogo Onédio Garcia, que como de hábito, fez a palestra de apresentação do parque, contando detalhes de sua fundação, e principalmente discorrendo sobre as características ambientais do local, sendo a principal delas o fato de ser uma mata secundária, que foi recomposta pela iniciativa de ambientalistas que atuaram intensamente no combate à poluição dá água do ribeirão Baguaçu e do ar que havia no local até meados dos anos 80 do século passado.



Durante a palestra de abertura, que fala da importância do trabalho de recuperação daquele ecossistema para a conservação das espécies, tivemos a felicidade de avistar o udu-de-coroa-azul, Momotus momota, uma espécie de ave florestal (que vive exclusivamente em florestas) típica do Cerrado, e que só acorre no local graças ao trabalho recuperação ambiental realizado a partir da criação do PEBA no final de 1988.

Udu da coroa azul
Fonte Oderson Mendes

Após a apresentação do Parque, iniciamos a caminhada pela trilha, onde são mostrados aspectos relevantes, como os elementos que caracterizam a formação fitoecológica da região, uma vez que estamos na transição de dois biomas, o Cerrado e a Mata Atlântica, predominando no local uma mata com características semidecídua, onde parte das espécies perde as folhas nas estações do outono e inverno, entrando em dormência como forma de preservar água durante esta época de seca. Passamos pelo barramento do DAEA, onde é retirada e tratada a água que é consumida por aproximadamente 70% dos consumidores de Araçatuba.
Início da trilha
                   Fonte SMMAS

Fomos até o salto do Baguaçu onde na década de 30 foi instalada a primeira “pedreira” de cidade, um espaço atualmente muito usado por diversas espécies de aves pescadoras como garças, socós, biguás, martim-pescador entre outras que encontraram naquele espaço um refúgio para sobreviverem numa área bem central da cidade. Nesta antiga pedreira, ainda há um grande lajedo que é um derramamento de basalto de um extinto vulcão que existiu na região há milhões de anos passados formando um bonito conjunto paisagístico de rocha, água e mata. 
Salto do Baguaçu
                   Fonte Carmélia

Continuando a trilha, adentramos pela mata e imediatamente pudemos constatar um dos grandes benefícios que uma floresta proporciona ao ambiente em que ocorre que é a estabilização climática, pois a vegetação mantendo a umidade e a sombra diminui consideravelmente a temperatura no interior da mata, sendo esta mais uma evidência da necessidade de termos ao longo das cidades, ilhas de vegetação como praças e parques, espalhadas por toda a área urbana, sobretudos em cidades de regiões quentes como a nossa. No interior da mata também é possível ver outros aspectos ambientais como a competição pela luz, que faz com que seja formada uma vegetação arbórea esguia, com troncos retos, cujas copas formam um dossel continuo, a partir de 15 metros do solo.
Troncos retos, a necessidade de luz fez as árvores crescerem
Fonte Carmélia
 Chegamos na confluência do córrego Machadinho (avenida Pompeu de Toledo) com o ribeirão Baguaçu, onde as características físico-químicas de ambos são contrastantes, onde o córrego machadinho tem a água cristalina eo ribeirão Baguaçu uma água turva. 

O encontro das Drenagens (Machadinho x Baguaçu)
Fonte Carmélia

Terminamos a trilha vendo um antigo poste de madeira de uma extinta linha de energia que passava pelo terreno, antes da criação do parque e que hoje está totalmente encoberto pela mata, temos uma foto do local anterior ao plantio de recomposição da mata, mostrando um poste e um arbusto numa pastagem abandonada, o que mostra o sucesso alcançado no projeto do parque, e que serve de exemplo para que continuemos com ações como esta, que criou o parque e reconstruiu a mata. 
O poste no início do plantio
              Fonte SMMAS
Ficamos devendo a foto atual do poste 

Depois da trilha, fizemos uma rápida pesquisa no Google Earth,, vendo imagens de satélites, constatamos algumas das pressões pelas ambientais pelas quais passam o PEBA, que é o crescimento da cidade, tornando cada vez maior o isolamento geográfico do parque, além dos problemas de destruição da mata ciliar do ribeirão Baguaçu interrompendo o frágil corredor ecológico que a mata poderia oferecer.
Imagem aérea mostrando a "insularização" do PEBA.
            Fonte Google Earth
Momentos de descontração durante a confraternização antes da volta para a escola.


O lanche
"os pensadores"
A Farra depois do lanche
                       Fonte Carmélia
Um visitante inesperado 

Um sapinho trazido pelo biólogo Fernando
Fonte Carmélia
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

E.E. Arthur Leite Carrijo

    Nos dia 08 e 09 de novembro de 2011, recebemos as 5ª e 6ª séries da rede pública, acompanhados pela Prof.ª Aparecida Garcia, de Geografia e a Prof.ª Isabel Silva. 

    A visita teve início com uma palestra, que prepara os alunos a interpretação da trilha, além de abordarmos conceitos cotidianos de responsabilidade social e sustentabilidade. 
    Em seguida, os alunos percorreram a Trilha Ecológicas e puderam observar ao longo dela, algumas características da transição do bioma Mata Atlântica e Cerrado, a fauna e flora local, e a confluência do Ribeirão Baguaçu com Córrego Machadinho. A visita encerrou com um lanche, trazidos pelos alunos. 
    Com isso, mais uma vez o Parque tenta contribuir para Educação Ambiental dos alunos e de toda sociedade, junto com os pais e professores, uma vez que cabe a todos a responsabilidade de contribuir para a formação desses cidadãos.






terça-feira, 8 de novembro de 2011

SESI 351


A unidade 351 se fez presente aqui no PEBA, desta vez com a turma da 5ª série A da professora Gláucia Regina Zavanelli, de ciências, que optou por esta visita como forma de corroborar o aprendizado dos seus alunos ao longo do ano. Uma vez no parque o grupo tomou conhecimento da história do PEBA, sobretudo em relação à reconstituição da mata, num ato que antecedeu muito a atual legislação ambiental no que se refere à recomposição de APP (Área de Preservação Permanente) e RL (Reserva Legal), o que culminou com a reposição de boa parte da comunidade original. É importante lembrar que os ecossistemas tropicais, e principalmente os ecossistemas brasileiros, são considerados os de maior biodiversidade de todo o Planeta.
A unidade 351 é dirigida pela professora Denise Camargo Santos, e na coordenação pedagógica está a professora Josimara Nogueira Carbelo, ambas se esforçam para atenderem as metas da instituição SESI, que é oferecer uma educação de boa qualidade aos seus alunos e, portanto apóiam iniciativas como estas que acrescentem aos educandos a oportunidade de estarem em contato com as questões discutidas em sala, pois entendem que esta interação é muito importante para reforçar o aprendizado, e que também relações interpessoais são fortalecidas.
Ao complementar as aulas teóricas com esta visita, os alunos puderam conhecer este ecossistema encravado no “centro” da cidade, e constatar os benefícios que unidades de conservação como esta podem trazer tanto para a vida selvagem, fauna e flora, quanto para a população humana, pois conservam espécies. Também é muito útil para o meio físico, uma vez que preserva os ciclos como o da água no interior do solo (lençol freático) e também no ar, e isto é facilmente perceptível pela diferença de temperatura entre o interior da mata que é muito mais amena e confortável do que as áreas do entorno não florestadas. Isto mostra como cidades de regiões quentes como a nossa, deveriam conter muito ilhas de vegetação por toda sua extensão.
E pra terminar os trabalhos de campo, foi realizada uma pesquisa no Google Earth, com a visão aérea da região, onde  tomaram conhecimento dos problemas pelos quais passam o PEBA quanto à sua preservação num futuro próximo, pois hoje o parque é uma ilha de vegetação no meio da cidade, e as drenagens que o cortam que poderiam servir de corredor ecológico, estão com sérios problemas de interrupção em vários pontos, impondo um isolamento genético para algumas das espécies que aqui ainda ocorrem. Isto foi muito interessante para que todos saibam dos problemas pelos quais passam o ambiente em todo o mundo, num momento onde a grande questão é a sustentabilidade da vida na Terra, a vida humana e selvagem.

Veja as fotos da visita. CLICK AQUI!

sábado, 5 de novembro de 2011

Escola de período integral Luiz Gama

Luiz Gama
Recebemos neste dia 3 os alunos 5ª série A e no dia 4, os alunos 6ª série A, da escola estadual Luiz Gama. Eles vieram acompanhados pelas professoras Tânia Favoni de Espanhol, e Christiane Galdino de Educação Física. 
A escola Luiz Gama é uma das escolas do estado que trabalha com os alunos em tempo integral, que oferecem aos educandos, além da grade curricular baseada nos PCN, parâmetros curriculares nacionais. Pela manhã são ministradas aulas de todas as disciplinas do currículo e a tarde, oficinas culturais com atividades artístico-culturais, atividades esportivas, orientação à pesquisa e aos estudos, resolução de problemas matemáticos, hora da leitura, informática, práticas em salas ambiente de ciências físicas e biológicas, práticas de educação ambiental e qualidade de vida. Além da capacitação dos professores e materiais didáticos, cada estudante recebe no mínimo três refeições diárias, garantindo melhores condições para o seu aprendizado.
A visita ao PEBA está ligada à educação ambiental, que já teve na escola uma abordagem especial no mês de agosto, quando as professoras Tânia e Christiane, desenvolveram uma oficina de maquetes cujo tema era uma cidade sustentável, assim muitos conceitos de ecologia e qualidade de vida, foram discutidos e retratados nas maquetes, como ruas arborizadas, áreas de lazer, poluição, sistemas sustentáveis e muito mais.
  E no PEBA tiveram a oportunidade de conhecerem a história do parque, da história da cidade como a primeira pedreira, que funcionou na década de 30 do século passado, puderam constatar também aspectos ambientais como a diferença de temperaturas entre as áreas descobertas e a área florestada, a competição pela luz, interferindo no desenvolvimento das plantas, além de avistarem algumas espécies de aves, entre elas a garça-branca-grande Casmerodius albus, garça-moura Ardea cocoi e o socó boi trigisoma lineatum, que encontram neste ambiente o ecossistema ideal para coexistirem.

Estes são os alunos da 5ªsérie A

Neste local teve a primeira "pedreira" de Araçatuba, e hoje temos o "salto do baguaçu", tudo bem, talvez seja necessário um pouco mais de inspiração para ver  naquela queda d'água um salto, mas ele está lá.

Céu azul e mata verde, no centro de Araçatuba


A bióloga Thaíse, explicando algumas das características da água do ribeirão Baguaçu


Agora o pessoal da Sexta série

Turma toda e também as professoras Tânia e Christiane.
Pesquisando imagens aéreas do Google earth


Novamente céu azul e vegetação exuberante, dentro da cidade


tronco de paineira


mudinha de pau brasil

Fotos fonte SMMAS
Secretaria Municipal de meio ambiente e Sustentabilidade
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