quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Um presente para o Parque

O Presente 


     O PEBA ganhou duas mudas de Pequi, que foram retiradas de um cerrado que está sendo desmatado na cidade de Arapuá, no estado do Mato Grosso do Sul, e quem o presenteou foi o senhor Francisco Paulo de Faria, um amigo, e que merece também o título de “amigo” do Parque, pois trouxe também alguns frutos maduros, para tentarmos fazer a germinação.

Este é o nosso amigo Paulo, com a mudas dentro da caixa 

com os frutos, vamos tentar a germinação de novas plantas 

     O Paulo trabalha no Restaurante Bola Sete há mais de 11 anos, e sempre que pode passa pelo Parque Ecológico, que aliás faz parte do caminho que ele percorre diariamente para ir da casa ao trabalho e vice versa. Mas quando está de folga, ele leva as filhas Estéfani e Ariadne e também a esposa Vera, para "fazer" a trilha e conseguir ver e ouvir os sons dos pássaros e da cachoeira do ribeirão Baguaçu, pois é um homem do campo, nascido no interior do Mato Grosso do Sul, onde morou em fazenda até se mudar para a cidade, na adolescência, e o Parque o remete a um passado de convivência intensa com a natureza, e toda sua riqueza de recursos, que a vida urbana acaba ofuscando. 

Sobre o Pequi

     É uma árvore de porte médio, sendo considerada um símbolo do Cerrado, assim como o lobo guará. O Pequi, Caryocar brasiliense, tem um forte apelo cultural junto à culinária regional, cujo fruto é muito utilizado na cozinha nordestina, mato grossense, no norte de Minas, mas a identificação maior se dá com a culinária goiana.
     Os frutos são consumidos cozidos, puros ou juntamente com arroz e frango, mas também pode se extrair o azeite de pequi. O fruto tem um caroço é dotado de inúmeros pequenos espinhos, sendo necessário muito cuidado ao roer o fruto, que não deve ser mordido. pois isto poderia liberar os minúsculos espinhos que poderiam se cravar na gengivas, na língua e também na parte interior das bochechas, e causariam sérios ferimentos. O sabor e o aroma dos frutos são muito marcantes e peculiares. Pode ser conservado tanto em essência quanto em conserva. 

Imponente e frondoso, assim é o Pequizeiro

A florada, que acontece entre setembro e novembro 

Os frutos, a parte comestível é a poupa amarela 
As fotos acima foram retiradas do site http://www.arvoresbrasil.com.br/

Fonte: IBGE
No mapa acima a distribuição geográfica dos biomas* brasileiros 

     Numericamente ocupam as seguintes porções pelo território brasileiro:

          Amazônia                                                      Cerrado 
           49,29 %                                                         23,92% 


          Mata atlântica                                              Caatinga
           13,04%                                                          9,92% 


          Pampa                                                           Pantanal 
           2,07%                                                            1,76% 

Conservação 

    O desenvolvimento do Pequizeiro é bastante lento, talvez devêssemos tomar mais cuidado com o desmatamento desenfreado de todos os nossos biomas, para evitar maiores perdas ambientais. O mapa abaixo mostra a situação de destruição do bioma Cerrado, pelo menos metade dele já foi desmatado para utilização da área com pastagens ou lavouras. O desmatamento é um processo que teve início com o "descobrimento" do Brasil, já dizimou a mata atlântica, está seguindo o mesmo caminho com o Cerrado, e também já fez grandes estragos na Amazônia, sobretudo na partes sul e leste da floresta. O desmatamento percorre os mesmos passos da colonização, isto acontece no mundo inteiro. 


     Portanto atitudes como a do Paulo, mostra que apesar dos números nada animadores, há pessoas buscando formas para ter uma convivência mais harmônica com os recursos naturais. 

*Bioma: designa determinadas regiões que ocorrem em todos os continentes, cujas características climáticas, físicas e biológicas são bastante semelhantes, que se inter-relacionam, formando um panorama ecológico e paisagístico relativamente homogêneo.

Consulta



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Verão


Estações do ano 


     Há tempos os homens por meio de observações dos fenômenos naturais, aprenderam que na natureza há uma série de eventos que se repetem ciclicamente, como as chuvas, as cheias, as flores, os frutos, o frio, o calor e o próprio aspecto do céu, tudo se repete de forma bastante regular, com raras exceções ao longo do tempo. Claro, estamos falando de pequenas eras geocíclicas, períodos com duração aproximada de cerca de 10.000 anos, pois se forem considerados períodos maiores, fatores externos como terremotos, vulcões, eclipses diversos, choques estelares, etc..., talvez tenham exercido importante alterações nestes ciclos, lembrando que tais fenômenos poderão se repetir novamente num futuro incerto. 
     A constatação da repetição destes ciclos, foi um dos fatores preponderantes na evolução da espécie humana, pois permitiu prever quando aconteceriam as épocas propícias para a produção de alimentos, o momento de migração das espécies, incluindo a espécie humana, sendo, portanto muito útil para a sobrevivência das diferentes populações humanas, talvez mais apropriadamente denominadas de povos ou culturas, que já habitavam os mais diferentes ecossistemas encontrados por todo o Planeta.
     Estação do ano é um dos quatro períodos de três meses em que se costuma dividir o ano, segundo critérios astronômicos estabelecidos em função da posição da Terra com relação ao Sol. Distinguem-se, tradicionalmente, quatro grandes estações – primavera, verão, outono e inverno, associadas às diferentes atividades agrícolas, condições meteorológicas e costumes sociais que regem a vida na Terra, e estão diretamente relacionadas com o desenvolvimento das atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Além disso, determinam os tipos de vegetação e clima de todas as regiões da Terra. E são opostas em relação aos dois hemisférios do planeta (Norte e Sul).
     As Estações são ciclos bem marcados pela maneira e intensidade com que os raios solares atingem o nosso planeta em seu movimento de translação. Essas datas recebem a denominação de equinócio¹ e solstício².
     A inclinação da Terra no espaço é permanente, mas, com relação ao Sol, aparentemente se inverte ao passar pelos extremos da elipse. Os pontos equinociais marcam a mudança das estações frias para as quentes, ou vice-versa. 
     Quando no hemisfério Norte é inverno, no hemisfério Sul é verão. Do mesmo modo, quando for primavera em um dos hemisférios, será outono no outro. Isso ocorre justamente em razão da posição que cada hemisfério ocupa em relação ao Sol naquele período, o que determina a quantidade de irradiação solar que está recebendo.
     Nas regiões muito próximas da linha do equador, a variação térmica é muito menor que nas regiões polares, isto porque a variação da incidência da luz do Sol ao longo do ano também é pequena, assim as denominações e as definições de estações podem ser simplesmente entre o período de seca e de chuva.

A inclinação de 23º27' do "eixo" terrestre, é a responsável direta pela ocorrência das estações do ano.

Estações do Ano - 2011






Hemisfério Norte
Hemisfério Sul
Data
  Equinócio
Primavera
Outono
20/03
  Solstício
Verão
Inverno
21/06
  Equinócio
Outono
Primavera
23/09
  Solstício
Inverno
Verão
22/12

equinócio¹: palavra com origem no Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo.

solstício²: é o momento em que a luz do Sol atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador, ocorrem duas vezes por ano, em Dezembro e em Junho. Dia e horas exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano e, consequentemente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.


Pesquisa:

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

CIE - Valparaíso/SP

     Nesta quinta-feira, 15 de dezembro, contamos com a visita de crianças e adolescentes atendidos pelo CIE - Centro Interativo Educacional da cidade Valparaíso/SP. O programa recentemente foi entregue aos cuidados da Secretaria de Educação da cidade cujo secretário Ébio da Silva Pereira, a supervisora de Ensino Eliane Lunardeli Elias e a prefeitura municipal os apoiam financeiramente e auxiliam com transportes. Em média 40 crianças visitaram o Parque, acompanhados pela coordenadora do CIE Marli Juliat Lorenso, além de vários monitores, auxiliares gerais, merendeiras, entre outros.
     Os alunos foram atendidos pelo ecólogo encarregado do Parque Onédio Garcia e pela estagiária monitora Thaíse Sabino. Abordamos temas discutidos no cotidiano como sustentabilidade, em uma linguagem adequada e simples para que todos pudessem entender as necessidades de se preservar o ambiente em que vivem.
     Ao longo do caminhos garças, cágados, patos e tiús apareceram para impressionar os visitantes. 

As crianças e adolescente do CIE durante a palestra 

Ao lodo do Salto do Baguaçu as crianças descansaram próximo às margens do Ribeirão Baguaçu

Garça-Moura - Ardea cocoi

Ônibus cedido ao CIE pela Prefeitura Municipal de Valparaíso

Crianças, adolescentes e acompanhantes do CIE

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Bombeiros e o resgate de fauna

     Soldados do corpo de bombeiro de Araçatuba, estiveram mais uma vez aqui no PEBA, para fazer a soltura de um gambá da cara branca   Didelphis albiventrisuma espécie que pode ser encontrada em terrenos baldios da periferia da cidade, e ao longo das matas ciliares. Esta espécie é considerada como sendo uma espécie generalista, ou seja, ocorre em diversos ambientes, mesmo onde há grande presença humana, tem hábitos preferencialmente noturnos e durante o dia ficam entocados em ocos de pau onde dorme e se protejam dos inimigos naturais. os gambás tem nomes variados por todo o Brasil,chamado mucura (Amazônia e Brasil meridional), sarigué, sariguê, saruê ou sarigueia (Bahia), timbú ou cassaco (Pernambuco ao Ceará), micurê (Paraguai e Mato Grosso), opossum (Estados Unidos da América) ou raposa (Paraná).
Soldados Murilo e Honório, e o cabo Marzuchi
Abrindo a "gaiola"
O gambá saindo para a mata
Missão cumprida, hora de partir para outra tarefa.
Fonte SMMAS
                            

     O nome gambá tem origem na língua tupi-guarani, onde "gã'bá" ou "guaambá" significa uma mama oca, uma referência ao marsúpio, a bolsa ventral onde se encontram as mamas e onde os filhotes vivem durante parte de seu desenvolvimento.
     O PEBA mais uma vez mostra o seu valor para a vida selvagem, pois assim como hoje, aqui sempre é utilizado para este tipo de ação, boa parte dos animais silvestres encontrados na cidade e capturado pelos bombeiro, são soltos aqui, onde eles tem possibilidade de tentar uma volta ao ecossistema de onde surgiu. E em tempos de crescimento urbano, ações deste tipo será sempre muito comum. 

     Agradecemos aos bombeiros e à população que tem esta atitude de compreensão para com a natureza.

Pesquisa fonte http://pt.wikipedia.org/wiki

domingo, 11 de dezembro de 2011

Escola Estadual Profª Vaniolê Dionysio Marques Pavan

     Estiveram conosco os alunos das 5ª séries A e B, da escola estadual Profª Vaniolê Dionysio Marques Pavan, vieram acompanhados pela diretora Loise Bernadet de Carvalho, pela coordenadora pedagógica Flávia do ciclo II, e também pelas professoras Eliana de matemática, e Maria José de leitura e reforço escolar, foram quase 50 pessoas para conhecerem o local e o trabalho que aqui é desenvolvido por nós da SMMAS, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Aliás, foi muito propícia esta visita, pois foi a maneira que a direção, a coordenação e professores encontraram para premiar os alunos pelo trabalho desenvolvido ao longo deste segundo semestre pela escola com o tema sustentabilidade. 

     No PEBA o assunto sustentabilidade é sempre muito discutido, pois entendemos que o crescimento da população no mundo, e o modo de vida adotado pela civilização atual, de economia de mercado, geram um ônus sem precedente para os recursos naturais do planeta, estamos caminhando para uma situação insustentável, e a solução para isto terá de ser encontrada por nós mesmos, teremos que mudar muitas coisas na nossa maneira de viver, e só com maturidade a humanidade encontrará o caminho, e nós achamos que este amadurecimento terá de ser antecipado, como forma de sobrevivência da vida na Terra, incluindo a espécie humana, e temos certeza de não estarmos sendo dramáticos, infelizmente.
     Depois da recepção foi feita a apresentação do PEBA onde é contado parte da história do parque, tanto fatos históricos quanto detalhes do ponto de vista ambiental, e termos como APP (Área de Preservação Permanente), RL (Reserva Legal), corredores ecológicos, mata ciliar, reconstrução de florestas, enfim...onde são abordados temas que nos remetem à sustentabilidade da vida.





     Próximo às águas do Ribeirão Baguaçu é possível a observação de erosões causadas pelas águas da chuvas e carreando toda cobertura e o solo para dentro do rio. Além da entrada dessa matéria orgânica, devido a correnteza e ao remeximento do sedimento, as águas do ribeirão é bastante turva, dando-se a impressão de ser poluída. Em média, 70% da cidade de Araçatuba é abastecida com as águas do Ribeirão, por isso é de grande importância sua preservação. Devido á grande quantidade de chuvas nos últimos dias, as crianças não puderam ir à pedreira, próximo ao Salto do Baguaçu, devido ao rio ter transbordado. No trevo, o fenômeno pela competição de luz é mais visíveis, caracterizando a mata com árvores jovens, finas e compridas.


           



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