Os escoteiros do Grupo Dom Bosco, estiveram no Parque neste sábado dia 29, para desenvolverem atividades ecológicas, pois contato com a natureza é uma das premissas do escotismo, assim eles aprendem um pouco mais sobre as interações do homem com o meio em que vivem. O Grupo Dom Bosco foi fundado em 25 de outubro de 1970, são 41 anos de trabalho, por onde já passaram mais de 8000 pessoas, e atualmente conta com mais de 180 jovens, entre crianças e adolescentes.
Esta visita foi momento de muita satisfação para nós da SMMAS (Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade), pois o grupo Dom Bosco foi um dos agentes responsáveis por muitos trabalhos e campanhas realizados no processo de criação e implantação do PEBA, ações como remoção de entulhos e dejetos industriais que haviam sido depositados indevidamente na área que posteriormente tornou-se PEBA, assim como o plantio de mais de 3 mil mudas de arvores de diferentes espécies, e todo o trabalho de educação ambiental realizado junto aos alunos da rede pública e privada de ensino na cidade. O atual diretor presidente deste Grupo, o senhor Waldomiro Batista Leal Junior, assim como outros membros adultos que acompanharam os jovens nesta visita, estiveram aqui na época, no final dos anos 80, quando da criação do parque, e participaram de muitas destas etapas, e agora passam parte de seus conhecimentos, utilizando o parque como um exemplo de trabalho a ser admirado e até mesmo copiado.
Ao chegarem no parque os escoteiros foram recebidos pelos educadores ambientais, o ecólogo Onédio Garcia e pela bióloga Thaíse Sabino, que falaram sobre a importância do PEBA como unidade de conservação da vida selvagem para a cidade de Araçatuba, foram destacados detalhes como a recuperação da mata, a ocorrência de uma avifauna rica em espécies florestais, ou seja, aquelas espécies que somente ocorrem em ambientes de floresta, e também foram destacados alguns aspectos que causam preocupação quanto ao futuro do parque, que são: o pequeno tamanho da mata, a insularização, pois o parque agora é uma ilha de floresta dentro da cidade, há também um problema ainda mais preocupante que é destruição da mata ciliar do ribeirão Baguaçu, tanto na parte acima do parque quanto na parte abaixo, desconectando o corredor ecológico que deveria existir ali, pois este seria uma forma de manter um fluxo genético para as espécies tanto animais quanto vegetais, por muitas gerações ainda por vir.
Foto área da área da região, mostrando a situação de ilha em que está se tornando o parque.
Fonte Google Earth
Os escoteiros, jovens e adultos, pesquisando no Google Earth a situação da mata ciliar nas margens do ribeirão Baguaçu.
Fonte SMMAS
Abaixo outros momentos durante a visita, que se iniciam com a palestra de abertura, depois o passeio na trilha, a parada no “salto do baguaçu”, e novas explicações sobre as vantagens climáticas de áreas reflorestadas e também conceitos ecológicos como desenvolvimento dos diferentes estratos arbóreos da mata, a partir da disponibilidade da luz gerando uma competição entre as plantas.
Fonte SMMAS
E finalmente o lixo coletado às margens do ribeirão Baguaçu e do córrego machadinho, esta marca terrível da civilização atual, que é o desperdício de materiais que poderiam ser reutilizados, ou reciclados, poupando os recursos naturais já que sabemos da finitude de muitos destes recursos.
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